quinta-feira, 6 de maio de 2010

PERMEABILIDADE DO SOLO.

A partir da década de 60, as cidades começaram a crescer de forma rápida e sem nenhum planejamento. Com os atrativos que a cidade apresentava o homem partia do campo em busca de melhores condições de vida ocasionando o chamado inchaço urbano. Com esse excesso populacional, faltaram espaços de moradias e as pessoas se instalam em lugares indevidos aumentando cada vez mais as necessidades das cidades que acabava por se tornar desordenada. Não se pode pensar em começar a cidade do zero, mas é imprescindível recuperar a infra-estrutura que deveria ter sido pensada antes do núcleo urbano se instalar.
Quanto mais uma cidade se desenvolve, menos o solo fica permeável, e isso causa conseqüências cada vez mais drásticas, pois o solo é um recurso natural dos mais importantes para o desenvolvimento sustentável. A permeabilidade é a propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento de água através dele. Todos os solos são mais ou menos permeáveis. Em solos arenosos a permeabilidade é alta; em solos argilosos a permeabilidade é baixa. E em solos rochosos, cimentados, ruas asfaltadas, solos que ficam sob as casas e prédios, a permeabilidade é nula. Com a permeabilidade quase zero, não há mais infiltração e toda a água da chuva é obrigada a correr pela superfície, isto é, pelas ruas e avenidas.
A cidade torna-se um caos e a cada dia vemos mais exemplos da falta do planejamento do homem. Nas grandes cidades como São Paulo, as estruturas são praticamente construídas sobre um tapete de concreto, o que a torna sujeita a enchentes, resultando em grandes perdas materiais e o que é mais grave, mortes. Como se sabe os maiores prejudicados são as pessoas pobres da periferia que não possuem condições seguras e ideais de moradia, estando à mercê das precárias condições urbanísticas da cidade. Na foto de SP, principalmente entre Dezembro e Março, o índice pluviométrico é alto, ocasionando os desastres que acompanhamos com freqüência pelos noticiários. Na outra imagem, a enchente acontece nas ruas da cidade de Nashville, no Estado americano do Tennessee, onde posteriormente Barack Obama prometeu apoio do governo federal para enfrentar a crise provocada pelas enchentes.
Com os índices altos de chuva e maré alta, o volume de água por segundo torna improvável que venha a ser contido e carregado por uma habitual rede de drenagem canalizada, devendo-se sempre contar com a absorção de parte da água pelo solo e pelas calhas formadas pelas próprias ruas, pavimentadas ou compactadas. Essas características exigem tratamentos específicos para a drenagem urbana, a fim de diminuir os prejuízos causados por enchentes mais ou menos anuais.
Para combater o problema é necessário aumentar o número de parques, de áreas verdes e livres na cidade. Como nem tudo pode ser recuperado deve-se investir recursos em obras paliativas, como contenção de rios e cheia. Além disso, devem ser tomadas medidas preventivas e normativas de controle dos impactos territoriais dos investimentos públicos e privados, elaboração de planos e projetos urbanísticos integrados com as ações de transporte e trânsito, adoção de parâmetros e de normas voltadas para a eficiência energética, conforto ambiental e acessibilidade, conservação do patrimônio ambiental urbano, tanto o construído com o natural e paisagístico.









EQUIPE: Guilherme Darui,
Thaís Corrêa,
Yuri Aguiar.

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